Prólogo

 O homem é uma corda estendida entre o animal e o super homem. Uma corda sobre o abismo, é perigoso transpor o abismo.É perigoso ir por este caminho. É perigoso olhar para traz. É perigoso ter uma tontura e parar de repente. A grandeza do homem esta em ele ser uma ponte e não uma meta. O que se pode amar do homem é ser ele transição e perdição.
   Amo os que só sabem viver com a condição de perecer. Pois perecendo se superam.
   Amo aqueles aquém enche um grande desprezo. Pois trazem consigo os bens do supremo. São as flechas do desejo apontada para outra margem.
  Amo aqueles que não precisão procurar para alem das estrelas uma razão para perecerem e sacrificarem. Mas que se molam a terra e para que um dia a terra venha ser o império do super humano.
  Amo o que vive para saber e que quer saber afim de permitir que o super humano viva. E assim a sua maneira deseja sua própria perda.
  Amo o que trabalha e inventa afim de construir um dia a residencia do super humano e preparar para sua vinda, a terra, o animal e a planta. E assim a sua maneira deseja sua própria perda.
  Amo ao que ama sua virtude. Porque virtude é desejo de perecer, a flecha do infinito desejo.
  Amo o que não reserva pra si a menor gota de seu espirito, mas que é sua quintessencia de própria virtude. Pois é no estado de espirito quintessenciado é que  atravessara a ponte.
  Amo o que faz de sua virtude uma tendencia e seu destino.Pois é assim que no amor a sua virtude quer ao mesmo tempo continuar a viver e deixar de viver.
  Amo o que não quer ter demasiadas virtudes. Uma virtude é mais virtude do que duas. É um nó mais forte ao que se enferra o destino.
  Amo aquele cujo alma em sua prudigalidade recusa qualquer gratidão e nada restitui. Pois dá sempre e não reserva nada para si.
 Amo o que se envergonha ao ver os dados cair ao seu favor e que pergunta ao Nierdenthal ; "estarei a fazer batota." Pois o seu desejo é perecer.
  Amo o que espalha um bocado de palavras douradas, planta suas obras e cumpre sempre mais do que prometeu. O seu desejo é perecer.
  Amo o que justifica antecipadamente os vindouros herdinos do passado. Pois o seu desejo é perecer por ti agora.
  Amo o que castiga o seu dEus por que ama o seu dEus. Pois perecera com a cólera do seu dEus.
  Amo aquele cuja a alma é profunda, mesmo nas feridas, e que pode morrer de qualquer incidente fútil. Por que de bom grado passara a ponte.
  Amo aquele que tem alma transbordante a ponto de perder a consciência de si mesmo e nele carrega todas as coisas. Assim é a totalidade das coisas que causa sua perda.
 Amo ao que tem o espirito e o coração livres pois sua cabeça serve ao maximo de entranhas ao seu coração. E é seu coração que o leva a perecer.
 Amo a todos que parecem com as gotas pesadas que caiem uma a uma da sombria nuvem suspensa sobre os homens. Anunciam que o relâmpago esta próximo e perecem por ser os anunciadores.