Cada história que é lida
direta ou indiretamente como traço humano de curiosidade, o que por sua vez,
leva quase que fatalmente como tema de conhecimento proibido.
Há algum limite potencial para a
curiosidade?
A curiosidade leva determinados
indivíduos a ações pitorescas como as de criar fabulas e contos, a exemplo de
Pandora e a Psique, Piligrim, Dante e da Criança Elefante e muitas outras.
No paraíso perdido (jardim do Édem),
a imaginação sonhadora de Eva transforma a curiosidade em uma forma de
subversão. Por medo de perder tudo, a Princesa de Clèves restringe a sua
vontade em outras dimensões do amor. A ambição de Fausto carrega a curiosidade
para o reino de que os gregos chamavam de “pleonexia” – o desejo insaciável
querendo mais do que lhe éra devido. Com Meursault, a falta de curiosidade
sobre si mesmo ou de qualquer outra pessoa produz a ilusão da sinceridade, de que
mascara a deshumanidade de seu comportamento. Eu discerni que nenhuma
progressão clara é possivel encontrar nessas histórias.
Veremos aqui, em vez disso,
flutuações de um motivos dominantes.
Agora, a curiosidade carrega dentro de si um princípio de dúvida - dúvida do
conhecimento recebido e as convenções do status... Depois de Galileu e
Descartes, o princípio da dúvida não poupou nada, nem mesmo a curiosidade em si
mesmo. Assim, em certas situações a curiosidade iluminando o ser teve de
reconhecer seus próprios limites. Sendo sábio e humilde surge como a “moral” nas
versões de Milton das histórias de Adão e Eva. Pascal recomenda que saibemos de
tudo que estja ao nosso alcance (portée). Por lealdade à família e aos amigos,
Maggie resiste aos seus dois pretendentes no moinho de Floss. Huxley, cunhou a
palavra agnóstico para designar um limite em ambos os seus estudos científico e
suas crenças religiosas.
Todos
esses episódios significam algum tipo de limite imposto na faculdade rebelde da
curiosidade. A esse respeito, as histórias que eu tenho discutido conter o tema
do conhecimento proibido como um denominador comum.
Algo perturbador acontece, no entanto, quando qualquer limite é imposto de fora
ou pela proibição, aparentemente arbitrária. Chamo a isto a resposta de efeito,
escondendo-nos algo do desejo que ha em nós. Como um impulso reinicia o ciclo
de toda a curiosidade, provocando uma libido recém desafiadora.
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