Se uma inteligência, em determinado instante, pudesse conhecer todas as forças que governa o universo e as posições de cada ser que o compõem;se,alem disso,essa inteligência fosse suficientemente grande para submeter essas informações a analise,teria como?

domingo, 13 de novembro de 2011

121 ANOS

  Este é tempo em que o Brasil registra a sua declaração aos oficial a lei, do direito de liberdade para seus cativos índios e negros. (ver outros países) Abolição da escravatura hoje ainda é e sempre sera assunto, assim como territórios os pátrios improdutivos, alimentação, saúde, educação etc.. bem como seus impactos na identidade das comunidades, desde muito tempo deslocadas, imigrantes, refugiados etc... Como se referem meus amigos do Projeto Lu Mien Farm Tape; “comunidades em Arquitetura de Emergencia.”  A luta pela qualidade de vida nas comunidades sub-julgadas por classes dominantes, desde muitos séculos explora contextos, isso é claro e esta muito claro que comentar sobre a luta de todos por um outro mundo mais fraterno, mais justo, sem discriminação, sem preconceitos de qualquer espécie ou natureza e cheio de possibilidades reais, geralmente trata se de mudar o assunto pra não ofender alguém que esteja em nossa volta. Óra ! Arquivos de Bento Gonçalves; agora falando de Revolução Farroupilha, Dr. Hillebrand, líder da colônia alemã em São Leopoldo informa: ”passo a comunicar aos meus patrícios, que um partido, pela maior parte composto de negros e índios, esta ameaçando as autoridades desta Provincia.”(Bento,1976, p172).
   CHUSMA COSMOPOLITANA   escreveu Giusepe Garibalde; Spencer Leitman , em Pernambuco de 1824, também o 12 de setembro 1836 com o primeiro grupo seleto de peritos na arte de domar cavalos na Provincia de São Pedro, ... eminentemente – Claudio Bento, Boleadeiras ... A lei da Chibata , criada em 1836 previa de 200 a hum mil chibatadas, como forma de punição ao mesmo tempo que previa a entrega da carta de alforria aos rebeldes que se entregassem aos poderes do império.  A origem do nome da Rua do Poço dos Negros, em Lisboa, deriva da decisão tomada por D. Manuel, que em 1515 autorizou a criação de um poço no qual os corpos seriam sepultados e cobertos com cal, para ajudar na putrefacção. Os capitães de navio e os marinheiros recebiam uma parte do salário em escravos. Quando um Turco comprava um escravo negro mandava-o circuncidar e escolhia lhe um nome bastante bizarro, com medo de lhe dar um nome próprio de homem. Tumbeiro era o nome dado aos barcos negreiros e significava “sepultura”. Nos barcos os escravos eram alimentados com biscoitos velhos e podres que restavam. Para se embarcar um escravo, muitos homens e mulheres morriam ao longo do processo de captura. Evoca-se o número de dois e três mortos. A última carta de alforria encontrada é datada de 17 de Maio de 1830. Um “escravo mascarado” era aquele que possuísse um aleijão ou deformidade física, permanente ou temporária, de nascença ou acidental ou ainda portador de úlcera ou de doença de pele do tipo tropical.
 Os farrapos encontraram nos negros, não o soldado mercenário e passivo, mais o aliado, numa campanha armada pela libertação... foram eles elementos fundamentais na colaboração, entrando com os primeiros insurretos, estiveram a par dos segredos e das senhas revolucionarias tornando-se parte da primeira avalanche que se jogou contra o império.(LAYTANO,1983P.210)
   Saturnino de Souza, Oliveira Macedo destacam as ideias imperiais porem foi Mariano de Mattos ex-presidente da Republica Farroupilha,. Caçapava 11 de maio de 1838...  
         Os líderes dos estados do Norte dos Estados Unidos durante o movimento contra o Sul escravista durante a Guerra de Secessão (1861–1865) tinham ideias a respeito da escravidão que podem ser resumidas com a frase seguinte: a escravidão era, para eles, “remanescente de um mundo agonizante de barão e servo, nobre e escravo”.
(In: MOORE Jr., Barrington. As origens sociais da ditadura e da democracia. São Paulo: Martins Fontes, 1983, p. 145–146.)
 
  No Brasil, por outro lado, comentando a Lei Áurea, que aboliu o cativeiro em 1888, Joaquim Nabuco, um abolicionista, afirmou que o triunfo da causa da abolição “podia ser seguido, e o foi, de acidentes políticos, até de revoluções, mas não de medidas sociais complementares em benefício dos libertados, nem de um grande impulso interior, de renovação da consciência pública”.
(NABUCO, Joaquim. Minha formação. São Paulo: Martin Claret, 2005, p. 154–155.)
 
  Mediante essas duas considerações podemos levantar interessantes contraposições com relação às experiências brasileira e norte-americana. No primeiro trecho, o autor estabelece que o fim da escravidão nos Estados Unidos esteve ligado a uma cisão entre as elites do Norte e do Sul. A primeira, observando a escravidão como um entrave ao desenvolvimento de uma sociedade liberal e capitalista; e a segunda, tendo na exploração do trabalho escravo o sustentáculo da sua produção de riquezas.   Sob tal aspecto, realizando já uma comparação, percebemos que essa cisão radical interna das elites não aparece na abolição brasileira. Quando extinguimos a escravidão do Brasil, já vivíamos um contexto social e econômico em que tal prática já não se mostrava tão interessante a uma parcela significativa das nossas elites. Desse modo, vemos uma diferença entre as duas experiências, que se aproximam no fato das elites serem as promotoras fundamentais da abolição.
  Partindo desse pressuposto, o sequenciamento à aula realizando a leitura do segundo trecho oferecido. Nele, percebemos que o fato de a elite ter sido responsável pelo nosso processo de abolição impôs sérias limitações ao processo de inserção dos libertos em nossa sociedade. Afinal de contas, a própria brevidade do texto da Lei Áurea revela a projeção dos limites dessa libertação. Partindo dessa questão, pode se encerrar no contraponto entre a condição dos negros no Brasil e nos Estados Unidos após a abolição.

  Nos dois casos, percebemos que a ausência de um projeto nítido de inserção do negro perpetuou culturalmente e economicamente a exclusão que antes se assentava por meio da escravidão. Em outras palavras, isso significa que as sociedades pós-escravistas brasileira e norte-americana, por muito tempo, remodelaram e instituíram práticas diversas que permitiam a continuidade da exclusão do negro. Não por acaso, a questão das cotas apareceu nos dois países como meio de resolução desse problema. Ressaltando esse último aspecto, podemos encerrar discutindo o significado do sistema de cotas e sua relevância em cada uma das sociedades em questão. Certamente, caso o tema seja explorado em uma sala de ensino médio, observaremos o interesse dos alunos em discutir a questão e até, quem sabe, buscar outras informações sobre o assunto.

  Por uma parte, os fatos históricos nos indicam quão distante da realidade esta a historiografia tradicional - laudatória dos “centauros brancos dos pampas” – que, ao mesmo tempo que esquece a decisiva participação dos negros na luta farroupilha, idealiza o espirito libertário e emancipador dos grandes fazendeiros que ainda hoje, a luta pela Federação e pela Republica das então antigas províncias hoje grandes metrópoles, ignorando suas contradições frente à questão servil e negando episódios como a traição em muitas outras guerras assim como Porongos em quase todas as revoluções... Da mesma forma, a investigação nos mostra a insuficiência de certas interpretações superficiais – que muitas vezes beberiam o panfletarismo – incapazes de compreender o caráter historicamente progressista das lutas por Republica e Federações, e contra os Impérios escravistas centralistas. Caráter progressista que explica a forte adesão à luta por escravos e cativos/excluídos, índios, negros libertos, mestiços, pobres do campo.
 Tais analises de caráter anacrônico, além de não perceberem as profundas contradições entre os lideres , reduzem a questão a questão unicamente à direção das lutas por oligarquias rurais... desconhecendo o momento e as condições históricas em que a elas se deram, inviabilizando até os dias de hoje uma hegemonia dos setores populares. Seria o mesmo que negar o caráter progressista da luta pela independência das colônias depois, depois das grandes navegações e suas obras extrativistas, por ter sido dirigida por grandes proprietários, hoje os grandes empresários comandam as economias e bolsas de sua livre escolha... nos tempos de colônia dominada por uma incipiente burguesia... e hoje? Ou negariamos o caráter progressista das revoluções que foram hegemonizada pelo “terceiro estado”. 

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